o poeta não está
saiu não sei ao certo
se para que ao procurarem por ele
ele estivesse em não estar
ou se foi de sacangem mesmo
todas as tardes ele sai
mesmo que fique na cama
e vai desafiar os grilos
para um duelo de assobios
estes costumes, a sra sabe
não são muito fáceis de se livrar
o poeta nasce poeta
enquanto o mundo o despoetiza
mas quando o poeta nasce sapo
safo das coisas de cantar
o mundo é que se arvoresce em canto
e o canto, a sra sabe
é a artéria da sabedoria
mas sente-se aí logo ao largo
da coleção de bitucas amassadas
guenta que o poeta só vai longe
porque nunca sai de casa
Assinar:
Postar comentários (Atom)
outras postagens
- 09.06.2013 - 0 Commentsfalta-me a língua da qual teu nome …
- 29.06.2013 - 0 Comments[tema] inverno, são carlos. em minhas…
- 19.11.2012 - 1 Commentsexumá-losfumar-lhesos miolosatirá-losaos toloscomo pérolasaos poucosesfregá-losnas bocasdos mornoscomo…
- 21.08.2012 - 0 Commentso nome dele é uma feridao dela é um olho abertoo deste aqui é um arquivo mortoo daquele um ornamentoo nome do…
- 30.08.2012 - 0 Commentsa classe poética reivindica para si o direito de ter preguiça são carlos, novembro de 2011.
Arquivo do blog
-
▼
2012
(56)
- ▼ junho 2012 (9)
- ► agosto 2012 (18)
- ► setembro 2012 (10)
- ► outubro 2012 (9)
- ► dezembro 2012 (1)
-
►
2013
(28)
- ► agosto 2013 (1)
- ► setembro 2013 (1)
-
►
2014
(5)
- ► janeiro 2014 (1)
- ► março 2014 (1)
- ► abril 2014 (1)
- ► setembro 2014 (1)
Nenhum comentário:
Postar um comentário