porque dentro de mim há um deserto...


porque dentro de mim
há um deserto e de areia um tanto
me subisse aos olhos

te premi nas minhas
pálpebras e

no charco do pranto
que
cai
como
uma
chuva sem vontade
sobre o sono

abriguei a tua sede
em silêncio

teu nome de mulher
como um
crisântemo crispado
entre meus dentes

crivou no azul futuro
o níveo dorso como
cativa

a lua

brincava nos braços
do mar

teologia

o panteísmo doce do menino:

- eu bebe. eu come. eu brinca.

apareceu num dia quente.
no mesmo dia viu sarinha nuazinha.

aniversário do divórcio
entre ver e coisa vista.

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