porque dentro de mim
há um deserto e de areia um tanto
me subisse aos olhoshá um deserto e de areia um tanto
te premi nas minhas
pálpebras e
no charco do pranto
que
cai
como
uma
chuva sem vontade
sobre o sono
abriguei a tua sede
em silêncio
teu nome de mulher
como um
crisântemo crispado
entre meus dentes
crivou no azul futuro
o níveo dorso como
cativa
a lua
brincava nos braços
do mar