vos
saúdo sarjetas imundas,
que jamais me abandonaram!
máquina mordaz que nos encerra, te devolvo a indiferença
com que tu nos acalanta
em noites de pedra!
te ofereço minha bile e meu trinado escasso
e todas as noites te brindo,
relicário ignoto de ofícios batidos em papel carbono e
merda!
que jamais me abandonaram!
máquina mordaz que nos encerra, te devolvo a indiferença
com que tu nos acalanta
em noites de pedra!
te ofereço minha bile e meu trinado escasso
e todas as noites te brindo,
relicário ignoto de ofícios batidos em papel carbono e
merda!
que meu mudo esgar ecoe por tuas
artérias podres
como um pássaro decepado
para que, levantados do pó,
meus irmãos comigo dancem
até que não haja senão
como um pássaro decepado
para que, levantados do pó,
meus irmãos comigo dancem
até que não haja senão
música em todas coisas!
música em todas coisas!
música em todas coisas!