a morte do sujeito

um sujeito entra no bar
a camisa manchada de sangue
rasgada
a pele do rosto duro
barrenta

pede um fogo-paulista
e um cigarro solto

- tiro de mulher não mata.

tomou de um gole só
bateu com força o copo
e morreu ali mesmo

no meio das putas que reclamavam da baixa freguesia
em cima do caderno esportivo
e de bitucas de cigarros fumados demais

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