por muito pouco não sou cão:
sigo pegadas de vento
e tenho a fuça entretida na noite viva dos teus pelos
vagarosamente me enredo
talvez do gato gesto que imito
e olho teu silên
cio existindo
entre os vetores confusos da pele
me lembro daquela ameixa que inaugurou em mim qualquer coisa:
de lá ela imita o existir singular de todas as demais
ameixas - acidentais
ou
necessárias
que crivam minha deriva
em uma constelação de fragmentos
sem aparente relação
mas com a paciência do musgo
perco de vista o mistério
sorvido no ventre calado
do instante jamais desen
cadeado
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2 comentários:
belissimo poema, belo seria se pensar ameixa.
houve um tempo de noite de reis.
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