/polindo lentes ainda/

/ainda que me cerquem mares/
/nas órbitas dos olhos agrestes/

/insuflando as flâmulas/
/graves dos becos/
/no interlúdio/
/entre os sóis/

/ainda que me corte a pele/
/o frio que me escancara o poro/

/ainda e apesar dos barcos abandonados no sono/

/ainda e ao final de um trago/
/do charco horizontal do azul/
/entre o gris que o porvir convida/
/a voltar por sobre os passos/
/e a revolta das cores contra as formas/

/serei cego ainda que meus olhos/
/sejam luz/
/e anoiteçam gardênias/

Um comentário:

Anônimo disse...

Vamos polindo e aprendendo aos poucos o quanto ainda desvemos. Gostei deste.

outras postagens

  • 09.10.2013 - 0 Comments
     te apresento meus braços. …
  • 03.09.2013 - 0 Comments
    dá até pra ler cagando. 1 anamnese [desomenagem às rondas ostensivas tobias aguiar] parabéns…
  • 27.08.2012 - 0 Comments
    não é o bastante a lua luzir ela deve dançara matemática forjou a luaas leis do mercado a supõema lua deve…
  • 18.06.2013 - 0 Comments
         maiakóvski com gelo um ou dois refrões na lira …
  • 30.08.2012 - 0 Comments
    a classe poética reivindica para si o direito de ter preguiça são carlos, novembro de 2011.
.
Licença Creative Commons

Arquivo do blog