errar como um poeta,
sem largar a pena.
pois consta que larguei a pena
e hoje verso a tocos de carvão,
fiapos de vento que os prédios assobiam,
baba de abelhas findo expediente.
consta que larguei o ofício
muito lento do não dizer dizendo
e comecei a soluçar em línguas:
orumcatabê saracatabá deserto
que o caminho
é o ninho do
incerto
complico:
a mais bê abelha;
os acidentes são por minha conta &
daí que o anjo fedegoso
alçou as pelancudas asinhas
e (galináceo que sempre se soubera)
voou voou
houve chuva de penas pardas
e eu voltei a esganiçar poemas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário