I
venho
tenho cavalos nos cabelos
atravesso a sala
você me diz cânfora
e azeite
bebo
choro
em avançado estado de alga
extraio o silêncio de cartas não escritas
e adormeço
você beija meus olhos
- pendurei meu escafandro,
diz no meu sonho
aquele que sou eu
e que se despede
II
venho
volto de um longo passeio
tenho as frontes úmidas
os olhos surrados por lírios
- me acarinha, eu digo
me dorme
cobre meus pés
pés de astronauta
de menor abandonado
tenho cinco anos, sou um menino de rua
e sonho
- ou mais uma vez é setembro
III
um ínfimo desequilíbrio
me torna impossível
por isso venho
desde meu primeiro grito
e não anseio outra coisa que teu corpo
tua lágrima
2012
Assinar:
Postar comentários (Atom)
outras postagens
- 12.05.2014 - 0 Comments…
- 08.03.2013 - 0 Commentsdar ao nome dorum enteeis talvez a sinaa que se destinaeste teu cantormesmo que essa dorseja dor de dente
- 24.02.2013 - 0 Commentsestou do avessoaqui não tem nomevocê não seise pelo fiode luzcorporifica o cantomas o súbitoanjo…
- 26.10.2012 - 1 Comments/ainda que me cerquem mares//nas órbitas dos olhos agrestes/ /insuflando as flâmulas/ /graves dos becos/ /no…
- 30.06.2013 - 0 CommentsPara nós, a rima é um barril. Barril de dinamite. O…
Arquivo do blog
-
►
2012
(56)
- ► agosto 2012 (18)
- ► setembro 2012 (10)
- ► outubro 2012 (9)
- ► dezembro 2012 (1)
-
►
2013
(28)
- ► agosto 2013 (1)
- ► setembro 2013 (1)
-
▼
2014
(5)
- ► janeiro 2014 (1)
- ► março 2014 (1)
- ► abril 2014 (1)
- ▼ setembro 2014 (1)
2 comentários:
que sopapo sutil
Bom demás isso, hein!
Postar um comentário