Baião

o pêndulo oscila
um, dois, um
no quando vai quebranta
no de vir revira


retumba num baião
meu fole adelgaçado
de asma e meu surrado
couro de zabumba

o pêndulo oscila
um, dois, três
um círculo se fantasia
de triângulo reto


trepida na valsa
meu crivo-coração
o fundamento vivo
da alma empedernida

o pêndulo repousa
ponto e vírgula
mas o baile só termina
quando a lua uiva

Um comentário:

Aline Zouvi disse...

a beleza roseana se faz presente aqui.

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