canto entre os escombros

lágrimas nas mãos espreito
                                teu caudaloso dorso:
                                            caudaloso
                            como o
               som dos
alaúdes.

                     no entorno da tua cintura
     o mundo todo freme
                                          num amálgama de
                        fogo
e finitude.

                    a verve dos tambores te supõe
                    neutra esfinge entre panteras

e enquanto a cidade queima sob o vômito geral embrulhada nas pálidas notícias
como um peixe povoado por defuntos
                     
                       o estrondoso dialeto dos tambores
            distribui seu alfabeto no rastro
luminoso
                 das tuas pernas.

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